O amor materno: a força do vínculo afetivo
Amor materno: o poder da escravidão emocional?
O sofrimento é vivido de forma diferente por cada um, por vezes desconhece-se a sua proveniência e como o silenciar. Algumas pessoas e situações ativam esse sofrimento, tornando interessante desvendar a origem do lado sombra que se encontra reprimido.
O tema «vínculo», por ser muito vasto, será abordado na Spirtual Life apenas o gerado nos primeiros anos de vida.
O conceito «vínculo» provém da origem latina «vinculum», que significa uma ligação profunda, duradoura e indissociável entre as partes unidas.
Assim, partindo do princípio que um ser humano desenvolve-se a partir de outro, então a qualidade do primeiro vínculo estabelecido entre o bebé e a mãe é fundamental na formação da personalidade da criança. Apesar da génese do laço afetivo começar na vida intrauterina, quando a progenitora canta, fala, ri e toca na própria barriga.
Entre os 0 e os 6 anos, o cérebro humano está em pleno desenvolvimento tornando-o muito sensível aos cuidados recebidos e aos estímulos ambientais. Logo, a privação afetiva acarreta graves consequências emocionais no seu desenvolvimento. Apesar dos cuidados maternos, na satisfação das necessidades vitais e afetivas, modificarem com o crescimento da criança, a maternagem terá sempre um forte impacto na sua saúde emocional e, posteriormente, na idade adulta. Porque, nos primeiros anos de vida ela absorve tudo intensamente. Todo o amor, carinho e afeto direcionado para o bebé irá permitir que ele estabeleça um vínculo com a progenitora. A negligência de amor e atenção nos cuidados básicos na primeira infância afetará profundamente a formação de vínculos afetivos na fase adulta, contribuindo para o desenvolvimento de comportamentos violentos, consumo de drogas, surgimento de depressão, ansiedade, timidez, baixa autoestima, comportamento antissocial, medo de abandono e rejeição, psicose ou outro transtorno de conduta.
A qualidade dos vínculos familiares que se estabelecem nos relacionamentos, ao longo da vida, vai determinar a qualidade de vida. Nunca esquecer que, os primeiros meses e anos de uma criança são os mais importantes na saúde emocional.
O vínculo acontece quando há investimento afetivo e sensibilidade materna ou de outro cuidador. A qualidade da saúde mental e afetiva no estado adulto depende da qualidade da maternidade que teve na infância. Por isso, não se assuste se ouvir: «fala-me da tua mãe e dir-te-ei quem tu és emocionalmente».
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